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Nem toda pessoa que trabalha viajando é livre e eu aprendi isso na marra...
Ser ou não ser nômade... eis a questão
Oii, já tô escrevendo essa edição do Lá Fora News direto de Amsterdam 🇳🇱

E sim… nas próximas semanas, praticamente não vou ter endereço fixo!
E isso me trouxe uma memória forte da época em que realmente não tinha endereço nenhum!
Quem me acompanha há mais tempo já sabe que saí de casa bem novinha.
E aqui vai algo que nunca tinha compartilhado em anos vivendo fora: O nomadismo pode ser sufocante e libertador ao mesmo tempo. (Calma, que não vou te dar um problema sem solução! 😅)
O outro lado da moeda de viver viajando e trabalhando…
Ser nômade é lindo no papel e no feed do Instagram
Mas na prática, é uma montanha-russa…
Na subida, a sensação é de poder escolher qualquer destino…
Na descida, é a angústia de “será que isso está certo?” , “será que um dia vou encontrar o meu lugar”
Esse sentimento não aparece todos os dias… mas pelo menos uma vez na semana, no meu caso sim.
O que naturalmente faz com que você tenha MUITA DIFICULDADE DE ESTAR PRESENTE (de novo, falo por experiência própria). Sempre acabava pensando no “depois”, “onde vou depois daqui?” “qual será a próxima acomodação”, “o próximo voluntariado, o próximo país…”
A confusão escondida na liberdade
Uma pesquisa da BBC mostrou que nômades digitais, mesmo satisfeitos com a liberdade, enfrentam taxas altíssimas de solidão, ansiedade e até esgotamento…
E aí bate aquele “Meu Deus, sempre quis isso… o que há de errado comigo?”
Nada! O problema é que liberdade sem clareza interna pode virar prisão!
Talvez o que ninguém compartilhe é o quão gostoso é na verdade viver com intencionalidade e clareza! E para mim é somente assim que o “viver viajando e trabalhando faz sentido…” (vou compartilhar o mudou para mim no final dessa news)
Existe um meio-termo (e ele é inteligente)

Voltar para o Brasil nunca foi uma opção para mim….
As várias experiências de voluntariado e de vida fora mudaram completamente a minha visão de mundo. Por isso, a escolha mais natural foi me tornar imigrante
Foi aí que percebi que não precisava escolher entre:
Passar a vida esperando 30 dias de férias por ano
Ou viver eternamente pulando de cidade em cidade rápido….
Existe um caminho no meio: o slowmadismo e fazendo isso entendi que não é sobre geográfica é sobre estabilidade financeira e emocional para escolher o ritmo da sua vida.
O que a vida fora me ensinou… (Meus bastidores)

Amsterdam é linda demais…
Bom, amo viajar, amo o inesperado do voluntariado e a adrenalina de estar em um país novo a cada mês… mas sabe o que aprendi no caminho?
Que liberdade sem direção pode sufocar! E que, para mim, viver bem fora não é só sobre estar em movimento. É sobre saber quando parar…
Foi através do journaling, do planner de vida e de muitas perguntas internas (Ah e depois de escrever o “Vá Embora a Vida Acontece Lá Fora"), que comecei a desenhar meu próprio mapa:
👉 Percebi que pular de cidade em cidade sem nunca criar raízes já não funcionava mais….
👉 Que viver sempre no “budget” não era o futuro que queria, precisava investir em conhecimento para poder ganhar mais, em vez de só economizar….
👉 E que meu maior sonho pessoal é casar, construir família, ter algo meu só seria possível se eu agisse com intencionalidade…
Por isso crie suas próprias regras!

Com base no journalling - que me trouxe clareza, criei essas:
✔️ Ficar mais tempo em alguns lugares, para ter a chance real de criar conexões
✔️ Investir em coworkings quando preciso de foco
✔️ Aceitar que em certas semanas vou ver mais a cidade à noite do que de dia e que tá tudo bem, porque faz parte da fase….
✔️ Me lembrar de que na Europa sempre estou a um voo barato de qualquer lugar, e que nada é 100% definitivo!
Não é sobre estar em todos os lugares, mas sobre estar inteira em cada lugar!
Viajar e trabalhar remotamente é maravilhoso…
Mas quando você adiciona clareza e intenção à equação, ele deixa de ser só “vida bonita no feed” e vira um estilo de vida sustentável, humano e cheio de propósito!
Um beijão da pati, agora de Amsterdam 🇳🇱